domingo, 30 de outubro de 2011

Qual é a diferença entre uma linha de transmissão em corrente alternada (CA) e a outra em corrente contínua (CC) ?

Inicialmente seria interessante relembrarmos que as primeiras linhas de transmissão foram construídas para operar em corrente contínua (CC). Posteriormente passou-se a usar corrente alternada (CA) devido às dificuldades de conversão (elevação/diminuição) da tensão em CC. Com o aprimoramento da tecnologia (inversores), voltou-se a usar CC nas linhas de transmissão.

Ainda assim, as linhas de transmissão correntes alternadas CA são mais vantajosas devido às facilidades de interconexão através de subestações de interligação, chaveamento, subestações de transformação e a simplicidade dessas subestações.

Entretanto, o custo de construção das linhas de transmissão de corrente contínua CC é menor do que as de corrente alternada, para o mesmo nível de potência. No entanto, existem fatores limitantes para utilização das linhas de transmissão em CC que são a menor flexibilidade de interligação e a maior complexidade e os custos das subestações conversoras.

Os sistemas de transmissão em CC podem ser competitivos para transporte a longas distâncias, por exemplo, acima de 700 ou 800 km. Atualmente, existem em funcionamento duas LT´s em corrente continua operando em alta tensão (CCAT) a de Itaipu 600 kV CC no Brasil e outra 750kV CC na Rússia.

sábado, 15 de outubro de 2011

Como funcionam os pára-raios utilizados nas redes de distribuição de energia elétrica

Os pára-raios utilizados na distribuição de energia funcionam como um protetor que filtra os raios (descargas elétricas) para a terra, quando este atinge as redes elétricas. Esses equipamentos não possuem a função de atrair os raios, como fazem os pára-raios instalados nas edificações.

As funções desse tipo de pára-raios é proteger o próprio transformador contra queima e atenuar os problemas da eletricidade que está sendo fornecidas para os consumidores. Entretanto, quando um raio atinge a rede de distribuição de energia elétrica, a tensão normalmente é alterada para valores perigosos e os pára-raios limitam o valor destas sobretensões e drenam a descarga elétrica para a terra.

Os pára-raios mais utilizados atualmente são conhecidos como pára-raios de óxido de zinco (ZnO), devido a sua moderna tecnologia, que vêm substituindo os pára-raios de porcelana. Nos últimos anos, as concessionárias estão instalando esses equipamentos nos transformadores de distribuição que fica nos poste e não nas estruturas de cruzetas, que anteriormente eram fixados.

Mesmo com toda esta tecnologia, na estação das chuvas é preciso um cuidado especial para enfrentar a ocorrência de desligamentos provocados por raios. Para tanto, as concessionárias dispõe de equipes de plantão para restabelecer o fornecimento no menor tempo possível, para que o consumidor não fique sem energia.

O que são alças pré-formadas

A Alça Pré-formada destina-se à ancoragem (fixação) dos condutores nas redes de distribuição e dos ramais de ligação nas unidades consumidoras. As alças são fabricadas a partir de fios de aço galvanizados, fios de aço revestidos de alumínio e após a formação recebe na parte interna um material abrasivo para melhorar o “agarramento” sobre o cabo.

O principio de funcionamento das alças pré-formadas está baseada na sua configuração helicoidal (forma de hélice), no qual envolve o condutor distribuindo uniformemente a solicitação mecânica, resultando na força de “agarramento”.

Entretanto, ressaltamos o não reaproveitamento das alças após a sua aplicação, pois este material pode sofrer danos quando desinstalados. A sua reutilização pode diminuir a força de “agarramento” e consequentemente, a queda do cabo ao solo.

As Vantagens da utilização das alças pré-formadas

Economia de instalação;

Facilidade de aplicação e identificação;

Aplicação manual, não requer uso de qualquer ferramental.

domingo, 2 de outubro de 2011

Qual é a importância das “Emendas” bem realizadas ?

Sabemos que são nas “emendas” dos condutores os pontos mais frágeis do Sistema de Distribuição de Energia Elétrica. Normalmente, as falhas são provocadas devido ao descontrole térmico (aquecimento) nas conexões.

Esse “aquecimento” decorre principalmente dos engastes e/ou junções “mal feitas” que provocam um aumento da resistência de contato entre os condutores e consequentemente, o aumento de problemas nas redes e linhas, conhecidos como “ponto quente”.

Dentre os vários tipos de conectores (soldados, mecânicos, compressão e perfuração) os mais utilizados nas “emendas” dos cabos nas redes de distribuição são do tipo cunha, que são fabricados em várias ligas metálicas, possibilitando conectarem os condutores de Alumínio x Alumínio; Alumínio x Cobre e Cobre x Cobre.

Os principais cuidados que devem ser aplicado na instalação dos conectores, são:

· A identificação dos condutores e a escolha do conector apropriado são elementos básicos para uma instalação perfeita;

· Escolha correta da ferramenta para aplicação e retirada;

· Limpeza dos condutores, eliminando no momento da instalação a película de óxido, normalmente presente nos condutores e a aplicação do composto antióxido nas áreas de contato;

· A verificação se o conector ficou bem posicionado e/ou travado após a instalação.

O que é trabalhos em “Linha Viva” ?

É difícil imaginar nossas vidas sem eletricidade, que é um recurso essencial para coisas básicas como transporte, comunicação, alimentação e lazer. Consequentemente torna-se cada vez mais imprescindível a execução de trabalhos de manutenção nas redes energizadas, conhecido como trabalhos em “linha viva”.

Nos trabalhos com “Linha Viva” utilizamos 03 métodos:

Método ao contato

O método ao contato consiste na realização de tarefas onde o eletricista fica em contato direto com o condutor energizado, protegido através da utilização de cestas aéreas, andaimes, escadas e plataformas isoladas, luvas, mangas de borracha e coberturas isolantes. Este método é recomendado para ser aplicado nas tensões até 34,5 kV para redes convencionais e 13,8 kV para redes convencionais e compactas.

Método à distância

O método à distância consiste em se trabalhar com o auxílio de bastões isolados de elevação e fixação e bastões manuais isolados com ferramentas de encaixe universal, instaladas em suas extremidades. Esse método é recomendado para uma tensão de até 138 kV.

Método ao potencial

Esse método utiliza de medidas de segurança que garantam o mesmo potencial elétrico no corpo inteiro do eletricista, durante a execução manual das tarefas de manutenção. Entretanto, a técnica de equalizar o potencial elétrico no corpo do eletricista, se faz através de um conjunto de vestimenta condutiva (roupas, capuzes, luvas e botas), conectado através de um “cinto” ao condutor da rede. Esse método é recomendado para uma tensão igual ou acima de 138 kV.

O que são os “Isoladores Elétricos”?

Os isoladores elétricos são equipamentos que asseguram o isolamento dos condutores entre si e a terra, e são responsáveis pelos esforços mecânicos de sustentação e fixação dos cabos e fios.

Os isoladores mais utilizados nos sistemas elétricos são os fabricados com porcelana vitrificada e vidro temperado, devido às propriedades: mecânicas e elétricas; preços reduzidos dessas matérias-primas; a fabricação simples e a elevada rigidez dielétrica* .

Sabemos também, que os isoladores são os elementos mais vulneráveis das linhas e redes elétricas de distribuição. Por isso, as concessionárias investem na conscientização das populações, no intuito de coibir as ações de vandalismo que danificam os isoladores, que provocam interrupções da energia elétrica e custos de manutenções corretivas.

Outros fatores relevantes são as inspeções e as lavagens periódicas dos isoladores utilizados na distribuição de energia elétricas principalmente, nos ambientes sob poluição industrial ou com atmosfera muito salina com objetivo de minimizar as interrupções provocadas pelas correntes de fuga**.

*rigidez dielétrica = alta resistência à passagem da corrente elétrica da parte energizada para terra.

**correntes de fuga = passagem da corrente elétrica pelo isolador devido às sujeiras ou danos estrutural.