domingo, 19 de janeiro de 2014

Prof. Cide explica o que é Co-geração.



Co-geração é definida como o processo de transformação de uma forma de energia em mais de uma forma de energia útil, normalmente são a energia mecânica (movimentar máquinas, equipamentos e turbinas de geração de energia elétrica) e a térmica (geração de vapor, frio ou calor).

Para exemplificar o processo de co-geração, apresentamos uma caldeira que utiliza como fonte primária de energia a queima do bagaço e/ou a palha da cana para produzir vapor em alta pressão, com temperatura superior ao ponto de ebulição da água. A liberação desse vapor ocorre através de sistemas mecânicos que o transfere para os processos industriais, como também para o acionamento das turbinas, que vão gerar energia elétrica. O ciclo se completa com o retorno do vapor condensado à caldeira, para ser novamente aquecido.

É bom salientar que a co-geração apresenta alta eficiência energética, pois não há o desperdício de energia térmica, e essa energia é utilizada em processos industriais, como secagem, evaporação, aquecimento, cozimento, destilação e etc. Podendo ainda, produzir mais duas fontes de energia: a mecânica e elétrica.

Segundo o Balanço Energético Nacional (2013), a oferta interna de energia renováveis na matriz energética brasileira é de 42,4%, a partir da utilização de lenha de carvão vegetal (9,1%), bagaço de cana-de-açúcar (15,4%), hidráulica e eletricidade (13,8%) e outras renováveis (4,1%). Na produção de energia elétrica o setor elétrico brasileiro, emite 6 vezes menos CO2 que o europeu, 7 vezes menos do que o setor elétrico americano e 11 vezes menos do que o chinês, para produzir 1 TWh. (Fonte: Balanço Energético Nacional 2013 – Ano base 2012)

O que é sistema MRT - Monofilar com Retorno por Terra ?



As redes de distribuição Monofilares com Retorno por Terra – MRT são sistemas  monofásicos (fase + neutro), notadamente construídos com transformadores que possuem apenas um cabo na parte de alta tensão, sendo o retorno (fio neutro) efetuado através de haste aterrada. 



Sabemos que nas zonas rurais as cargas são geralmente pequenas que raramente são necessários três condutores para atender a necessidades de energia elétrica, dos consumidores rurais. Além disso, freqüentemente encontramos consumidores situados, um a cada 1,5 km e, com demandas médias de 2 kVA.


As principais vantagens do sistema MRT são:
a) eliminação das cruzetas e ferragens associadas;

b) eliminação de um isolador de alta tensão por poste (em relação ao sistema fase/fase);

c) simplificação da construção, permitindo maior rapidez e menores custos;

d) utilizam estações transformadoras mais simples e baratas, pois os transformadores têm somente uma bucha de alta tensão e exigindo, portanto um único pára-raios e uma chave monofásica;

e) possibilidade de usar o neutro comum na alta e na baixa tensão.



Esses sistemas alcançam em média uma redução de custo de aproximadamente 20 a 30%, em relação aos sistemas fase/fase, pois a sua construção é simples e possuem menores custos de manutenção e operação.

Explicação sobre os condutores, usados em instalações elétricas.



O condutor elétrico é todo corpo que permite movimentação de cargas elétricas no seu interior. São utilizados nas instalações elétricas e podem ser fios ou cabos de cobre ou alumínio capazes de transportar energia elétrica em vários tipos de circuitos .

Os principais componentes de um fio ou cabo de potência em baixa tensão (até 1 kV) são o condutor, a isolação e a cobertura, conforme indicado na figura.
 Para todos fios e cabos elétricos existem uma capacidade de condução de corrente elétrica pré-estabelecida. Sempre que ligarmos numa tomada algum equipamento elétrico, devemos ter o cuidado de verificar qual é a corrente elétrica demandada por este equipamento. Isto é, para não provocar um aumento de temperatura que danificam a isolação, colocando a sua instalação elétrica em perigo.

Frequentemente deparamos com situações de substituímos alguns equipamentos elétricos (chuveiros, ar condicionados entre outros) e percebermos a isolação dos fios “derreterem”. Isso acontece, geralmente, quando o novo equipamento é mais potente e necessita de um condutor com maior capacidade de corrente, para não destruir a isolação.

Muitas vezes, por falta de conhecimento e pela ausência de fiscalização, na hora da instalação da fiação elétrica são utilizados produtos de baixa qualidade, que não seguem as normas de segurança. Um fio grosso nem sempre é sinônimo de segurança. É preciso utilizar o equipamento certo para cada tipo de instalação.

O que é subestações de transmissão ?



Sabemos que a elevação da tensão  reduz a corrente elétrica que circula nas linhas de transmissão, conseqüentemente reduz as perdas elétricas inerentes ao transporte da eletricidade. As subestações de transmissão são aquelas localizadas nos pontos estratégicos de conexão com geradores, consumidores e empresas distribuidoras.

Na conexão com os geradores, a função das subestações de transmissão é elevar o nível de tensão da energia elétrica gerada. Já nas conexões com os consumidores ou concessionárias, a função é rebaixar os níveis de tensão.

Nestas subestações são instalados os transformadores e ainda os equipamentos de seccionamento (chaves) para manobras de manutenção e de situações de contingência, além de disjuntores e equipamentos de medição e proteção do sistema, como medidores de tensão, corrente e pára-raios.

No Brasil, a ANEEL é o órgão responsável em estipular os preços de transporte da eletricidade a serem cobrados aos consumidores. Esses valores devem cobrir os custos de capital, de operação e manutenção das empresas transmissoras de energia elétrica.

O professor Cide, explica como trabalhar com segurança em eletricidade.



Todas as pessoas que forem trabalhar com eletricidade necessitam de conhecimentos técnicos específicos e de segurança, pois somente profissionais treinados e autorizados podem realizar trabalhos desse tipo. Os trabalhadores devem ser instruídos sobre procedimentos de segurança, aterramentos temporários, bloqueios das fontes de energia, equipamentos de testes, ferramentas e EPI / EPC.

É importante saber que ao trabalhar com eletricidade, o trabalhador está exposto a riscos. Esses riscos podem provocar acidentes como, choque elétrico, explosão elétrica e queimaduras por eletricidade, que podem gerar graves lesões ou levar a morte.

Portanto, existem práticas seguras que devem ser seguidas para que não aconteçam acidentes, tais como:


  • Materiais condutivos precisam ser manuseados de forma a resguardá-los de contato com o circuito energizado ou parte do próprio circuito. Portanto, quando for trabalhar remova todos os artigos condutores (adornos), por exemplo: anéis, pulseiras, correntes, colares, tornozeleiras, correntes de chaveiros, braceletes, relógio, etc.;
  • Observar os riscos, como também os controles desses riscos. Este procedimento deve ser executado de maneira criteriosa, durante o preenchimento da APR – Analise Preliminar de Riscos;
  • Sinalizar a área de trabalho;
  • Desenergizar todas as fontes de energia, desconectando os controles de circuitos tais como: chaves facas, chaves fusíveis, disjuntores, barramentos, religadores, seccionalizadores, entre outros;
  • Utilizar o aterramento temporário nas redes de distribuição, tanto na montante como na jusante e nas derivações, de modo que os eletricistas isolem o trecho que irão trabalhar contra descarga elétrica acidental;
  • É importante também que todos os trabalhadores que atuam em áreas onde há potencial de queda, precisam usar EPI apropriado ao trabalho a ser executado, tais como: linha da vida, trava queda, talabarte e cinturão paraquedista;
  • Não use seu EPI quando houver: buracos, rasgos, bolhas, manchas por ação de químicos, furo ou corte, rachaduras, sinais de queimaduras, afinamento das superfícies, trincas ou descosturas, qualquer mudança de textura, com objeto estranho dentro e qualquer defeito ou dano que possa danificar suas propriedades isolantes.


Resumindo. Antes de começar a trabalhar, conheça os perigos da eletricidade! Conheça o equipamento que for utilizar, utilize as práticas de segurança e não trabalhe nas redes elétricas sem conhecimentos e permissão!